quarta-feira, 15 de abril de 2009

Contratos de Risco


Em 1975, usando o velho argumento entreguista de que o Brasil não tinha condições para desenvolver a produção de petróleo – num momento em que a crise no Oriente Médio ameaçava levantar mais ainda os preços – o governo da ditadura, na calada da noite, criou os chamados contratos de risco, permitindo que empresas privadas explorassem nosso petróleo.
Foram dadas concessões a 36 empresas, multinacionais petrolíferas – entre elas estava a Paulipetro, uma aventura de Maluf. O ditador de plantão achava que bilhões de dólares viriam para a pesquisa e produção de petróleo.
As empresas demonstraram que não estavam dispostas a gastar grande quantidade de dinheiro, não se dispondo a riscos. A iniciativa entreguista da ditadura não funcionou, pois os beneficiados jamais concordariam em fazer o que a Petrobrás sempre fez: investir muito dinheiro em pesquisa. Em 13 anos aplicaram apenas 1,6 bilhão de dólares, uma média de 44 milhões para cada uma. Uma insignificância. Resultado: não extraíram uma gota de petróleo.
No mesmo período, a Petrobrás, cumprindo o seu compromisso de desenvolver a pesquisa e produção de petróleo no país, fez um investimento de 19,8 bilhões de dólares, conseguindo acrescentar 6 bilhões de barris de novas reservas às já existentes.
Mais uma vez as teses entreguistas sobre a conveniência de abrir exploração para grupos privados foram por terra. Ficou provado, mais uma vez, que tais empresas não se dispõem a gastos em pesquisa na área petrolífera. Esperam por uma oportunidade em que tudo esteja pronto, sem qualquer ônus para elas, podendo levar o petróleo descoberto pela Petrobrás, com dinheiro do povo brasileiro.

Um comentário:

  1. Você já teve informação sobre o documentário sobre o pré-sal: "O Petróleo Tem Que Ser Nosso - Última Fronteira"?
    Mandei um e-mail para você fornecendo so dados.
    Abraços,
    Peter

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